A onda do “ele não” e a propaganda do governador do Maranhão
Nas redes sociais está sendo veiculada a onda (campanha) “Ele não” contra um candidato a presidente por ele apresentar, segundo as campanhas, dentre outros, comportamento agressivo, machista etc. contra mulheres.
Soube também que até no Maranhão será criada a mesma campanha.
Esses fatos me levaram a recordar fato ocorrido nas atuais eleições na propaganda eleitoral desse ano.
A propaganda eleitoral do atual governador do Maranhão veicula uma espécie de novela com o nome “não vale a pena ver de novo” que visa degradar e ridicularizar a candidata a governadora Roseana Sarney.
Os personagens divulgados na novela são dois. Um, que seria o pai da candidata, e, outra, a própria candidata.
Interessante notar, para os fins do presente post, é o conteúdo das falas dos personagens.
O que se ouve das falas dos personagens é como se Roseana, por ser mulher, fosse incapaz, submissa e, por isso, precisa de um homem para praticar atos simplórios.
Ora, da capacidade de Roseana ninguém duvida. Como diz o ditado popular, “quem não tem competência não se estabelece”. E o que se tem, da história de Roseana, é que já foi deputada federal, senadora e quatro vezes governadora. Se ela fosse o que diz a campanha eleitoral do atual governador do Maranhão não teria sido eleita quatro vezes governadora. Roseana não teria alcançado uma única reeleição se não tivesse sido competente, boa administradora e capaz. Este é um fato incontroverso.
E o que resta apurar da propaganda do atual governador do Maranhão, a tal novela? O desprezo, a degradação e a ridicularização da Roseana como mulher, ou seja, a novela quer dizer o seguinte: mulheres, para ser governadoras, administradoras públicas, dependem de um homem para que possa se eleger e governar.
Eu cá com meus botões, fico a me indagar: a campanha do “ele não” vale para um candidato que “bate-boca” com mulheres, diz isso e aquilo etc. (sempre às claras e tête-à-tête), mas não vale para outro candidato que, de forma covarde, escondido num programa eleitoral, pratica atos semelhantes e até pior, já que se utiliza do subterfúgio e do submundo de uma propaganda para atacar a condição de mulher de uma adversária?
O que é ainda mais grave é que o atual governador do Maranhão, para veicular uma espécie de feminicídio verbal (que uma mulher sempre é depende em tudo de um homem), utiliza dinheiro público, pois o programa eleitoral e os fundos eleitorais que custeiam a produção da novela, que ataque uma candidata pela sua condição de mulher, é tudo proveniente de dinheiro público.
Esse post é um repúdio, veemente, aos ataques à candidata Roseana Sarney pelo simples fato de ela ser mulher, ataques estes praticados na campanha eleitoral do atual governador do Maranhão, com uso de dinheiro público.
Também é uma homenagem a todas as mulheres, pelo simples fato de ser mulheres, capazes, inteligentes, trabalhadores etc. tanto quanto, ou até mais, que os homens.
Como presidente de uma associação, no governo de Roseana sarney que tive oportunidade.