O deputado estadual Bira do Pindaré (PSB) protocolou na Assembleia Projeto de Decreto Legislativo por meio do qual tenta, mais uma vez, retirar o nome do ex-presidente José Sarney (PMDB) da cidade de Presidente Sarney, na Baixada Maranhense.
De acordo com a proposição, o objetivo é que o município seja chamado de Pimenta, nome do povoado que batizou a cidade, ainda na década de 90.
Ao propor o decreto, Bira alega que uma lei federal e a Constiuição vedam a atribuição “de nome de pessoa viva a bem público, de qualquer natureza, pertencente à União ou às pessoas jurídicas da administração indireta”. Ele sugere a realização de um plebiscito para a escolha do novo nome.
“Diante da ilegalidade verificada, para garantir que a criação do
município não permaneça em conflito com a lei, estamos sugerindo que
seu nome seja alterado de Presidente Sarney para Pimenta do Maranhão
em homenagem ao povoado que o originou”, diz o texto do pedido do socialista.
Segunda vez
Esta é a segunda vez que Bira tenta tirar o nome de Sarney do município.
Em 2013, ele já havia apresentado projeto de lei propondo a alteração não apenas do nome de Presidente Sarney, como também do município de Governador Edison Lobão, na Região Tocantina (relembre).
Na ocasião, sem apoio na Assembleia, não conseguiu êxito. Agora membro da maioria governista na Casa, acredita que pode ter melhor sorte.
O deputado Bira do Pindaré sobe à tribuna frequente e sistematicamente com o mesmo discurso, no qual culpa o chamado grupo Sarney de todas as mazelas do estado e de perseguir e denegrir a imagem da oposição. Bira, no entanto, em seus discursos, ataca de forma doentia e insistente o grupo que ele acredita ser sua oposição, embora ninguém desse grupo dê tanta importância assim ao parlamentar. Ele é resiliente e implacável. Imbuído de uma persistente retórica, digamos assim, bolivariana (venezuelana, chavista ou madurista), ele ataca e persegue os seus adversários, acusando-os seguidas e seguidas vezes, como se não quisesse ouvir mais nada além das suas acusações. Cego pela própria retórica, o deputado muitas vezes parece gritar, sozinho da tribuna, esse discurso repetido e cansativo que, ao que parece, vai levar consigo pelos anos vindouros até velhice e, mais adiante, até o túmulo.