Defesa 171

Contra a acusação da Procuradoria Geral da República o governador do Maranhão apresenta como defesa o argumento de que não atendeu ao pedido da Odebrecht para dar parecer favorável em projeto de lei e, como prova, apresenta uma certidão da Câmara Federal.

O governador do Maranhão está de brincadeira ou, pior, quer ludibriar o povo do Maranhão que ele já se acostumou a enganar.

A acusação contra o governador do Maranhão, feita pela Procuradoria Geral da República, é que ele solicitou e recebeu dinheiro do caixa dois da Odebrecht para gastar na campanha de 2010 e 2014.

O fato do governador do Estado não ter dado parecer no projeto de lei apenas piora a imagem dele, pois, com isso, ele apenas confessa que ludibriou a Odebrecht quando pediu o dinheiro para fazer algo que não fez.

A defesa, portanto, é um engodo, pois se defende de acusação que não existe. A acusação contra o governador do Maranhão é que ele solicitou e recebeu dinheiro do caixa dois da Odebrecht. Só o fato de ter solicitado o dinheiro já tipifica o crime de corrupção passiva. Se recebeu há um agravamento do ilícito e surgem outros crimes (lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e “caixa dois eleitoral”). É disso que o governador deve se defender.

O governador do Maranhão está apenas jogando para a galera. Quer apenas ludibriar os incautos. É estelionato eleitoral pura. Quer dar um “baypass”, ou seja, apresenta um contorno, um desvio, um caminho alternativo, para uma acusação da qual não tem argumentos concretos e objetivos para se desvencilhar.

A defesa do governador do Maranhão é apenas uma blague.

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