A “Lavajato” no Maranhão era só para Roseana e tudo o mais vá para o esquecimento

Como já é público e notório a “Lavajato” pediu o arquivamento das investigações contra Roseana Sarney.

E foram dois anos de gasto de dinheiro público para investigar Roseana a partir de um monólogo do delator Paulo Roberto.

Um monólogo resultou na movimentação frenética da máquina da Polícia Federal e do MPF por dois anos. E não se pode esquecer da abnegativa colaboração do governo do Estado do Maranhão.

Foi muito dinheiro público gasto em razão de um monólogo.

Por um monólogo foram centenas de diligências em Brasília, São Paulo, São Luís etc., depoimentos, quebras de sigilosos.

Enfim, a “Lavajato” vasculhou presente e passado de Roseana para tentar compreender o que significou o monólogo do Paulo Roberto.

Eu indago, custava ir ao dicionário e pesquisar? Ou mesmo pesquisar no google. Eu fui ao professor google. Vejam o resultado instantâneo:

 

Monólogo 

substantivo masculino

  1.  teatcena de peça em que o ator, achando-se só, fala consigo mesmo ou se dirige ao público, expressando seus pensamentos, as lutas interiores do seu espírito etc.
  1.  teatpeça escrita para um único personagem; monodrama.
  1.  ato de falar consigo próprio; solilóquio.
  1. discurso de pessoa que não deixa outros falarem.

 

E a investigação do tal monólogo teve até a colaboração do Governo do Estado do Maranhão. As investigações contra Roseana foram até compartilhadas com os órgãos persecutórios do Estado do Maranhão para que aqui fosse montado o braço estadual da “Lavajato”.

Pois é, o tal monólogo foi motivo para a abertura de uma “Lavajato” estadual, caso único no Brasil.

Quão duro, frustrante e a contragosto deve ter sido para o Janot admitir que nada existe contra Roseana. Com grande pesar, dele e dos outros interessados em incriminar Roseana, teve de requerer que as investigações devem parar.

E parece que foi realmente doloroso fazer o pedido de arquivamento, pois somente veio a se concretizar depois de sucessivas manifestações da Polícia Federal de que o revirar, investigar, escrutinar e devassar a vida de Roseana em nada resultou. E olha que a força-tarefa contra Roseana contou com Moro e todos os órgãos persecutório do Estado do Maranhão.

Após o malogrado intento do MPF, Polícia Federal e governo do Estado do Maranhão de incriminar Roseana – além de mantê-la execrada por dois anos como envolvida na “Lavajato”, ressalte-se, tudo por conta de um simples monólogo de um delator – fico a me perguntar por que até agora não se investigou no Maranhão todos aqueles que receberam doações eleitorais de todas as empresas envolvidas na “Lavajato”.

A indagação tem razão de ser porque os únicos motivos que existia para a “Lavajato” fazer investigação no Maranhão foram as doações de milhões de reais pela UTC e OAS para a campanha do atual governador do Estado.

Ou a “Lavajato” entendeu que a campanha do governador do Maranhão recebeu os únicos dinheiros limpinhos que tinham nos cofres da Odebrecht, UTC e OAS, ou ela veio para o Maranhão tão-somente para tentar incriminar Roseana.

Um monólogo sem mais “nada de nadinha” deu numa mega investigação. Milhões de empreiteiras investigadas pela “Lavajato” nas contas da campanha do governador do Maranhão deu em “nada de nadinha”.

O nada contra Roseana era muito. O muito de dinheiro da UTC e da OAS na campanha do governador foi nada. Em suma, eis o democrático e isonômico jeito de promover investigação num país que a Constituição diz que é uma República e um Estado Democrático de Direito.

Parafraseando Roberto Carlos, a minha convicção é que o “lance” da “Lavajato” no Maranhão era: Roseana “Só tenho você, no meu pensamento” e que tudo mais vá para o esquecimento.

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