Um candidato sem identidade, outro que estou com dúvidas e um falso murista

O segundo turno das eleições de São Luís se transformou no sempre retorno ao enferrujado drama-dilema político-eleitoral-maranhense (nada hamletiano) de quem não tem identidade e inteligência: ser ou não apoiado pelo Sarney.

Este quadro demonstra o vazio das propostas dos candidatos. Pior é que ao trilhar por esse caminho eles apresentam fraca personalidade.

Fosse eu candidato não apenas iria querer, mas iria em busca do apoio de Sarney e de outros “caciques políticos”. Estas pessoas têm experiência na vida pública que podem muito bem ajudar em qualquer gestão pública.

O que o candidato tem de deixar claro é que a direção, o rumo, os projetos etc. são decisões dele, ou seja, que será ele o timoneiro.

Digo mais: uma pessoa preparada para o exercício do cargo de prefeito aceita apoios a qualquer tempo.

Edivaldo Holanda tenho certeza que personaliza mais que ninguém esse candidato de personalidade fraca. Braide, se não é, tem trabalhado para demonstrar ser isso também e, somente não tenho certeza que é, porque teve a coragem de dizer procurou os ditos “caciques” para tratar de coligações.

E sobre a “questão Sarney” nem precisa dizer que os dois estão a fazer aquela coisa feia de cuspir no prato que já comeram.

Poderá custar caro ao Braide esse ensimesmamento.

Enquanto tudo isso ocorre interessante e ridículo é o comportamento do governador do Maranhão. Todo mundo sabe que ele está ocultamente no palanque do Edivaldo Holanda, o vice da chapa é do partido dele, a máquina do Estado trabalha em favor do Edivaldo Holanda etc., mas se apresenta como se estivesse em cima do muro.

A verdade é que o governador é um falso murista, pois ele quer prefeito é o Edivaldo Holanda, mas por dois motivos não manifesta isso: primeiro para não contribuir com a perda de votos para o seu candidato e, segundo, se Braide vencer, quer ser o primeiro a comemorar com o discurso de que estava nos dois palanques.

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